Em um documento publicado no ano 2000, o cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa, afirmava que as igrejas protestantes não eram verdadeiras igrejas, apenas comunidades, não podendo sequer ser chamadas de igrejas irmãs, pois isso as colocaria em pé de igualdade com a Igreja Católica.
Desde 2006, a cidadã iraniana Sakineh Ashtiani acusada por suspeita de adultério e participação do assassinato do marido, vem sendo julgada por uma sociedade marcada por desigualdades sexuais impostas pela religião do país, que favorece os homens e põe as mulheres abaixo dos insetos.
Em maio de 2010, uma flotilha vinda da Turquia que pretendia furar o bloqueio marítimo de Israel para levar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza, foi atacada pelo comando militar de israelense, mostrando, mais uma vez, que apesar de Israel ensinar às suas crianças que não devem deixar que o mundo esqueça o Holocausto, o sofrimento dos judeus parece não ter lhes ensinado nada, afinal, a única diferença entre Auschwitz e a Faixa de Gaza parece ser a câmara de gás.
E o que esses acontecimentos têm em comum? São motivados pela fé de três religiões no mesmo deus único (cristianismo, islamismo e judaísmo) e são justificados por seus líderes como sendo feitos em nome desse deus.
A função das religiões é contribuir para que o ser humano sinta-se bem consigo mesmo, e o papel dos líderes é garantir que isto aconteça, mas o que vemos esses líderes fazendo é exatamente o oposto do que as suas religiões pregam: abusam de crianças, exploram a fé e os bolsos de seus fiéis, estimulam a fé cega, enfim, transmitem falsas mensagens de Deus. Por mais sincera que seja a fé de uma pessoa, ela é inútil quando guiada por um líder que tenta ferir a dignidade do ser humano, seja através de sua opção sexual, crença ou etnia, mesmo que esses atos sejam apoiados por um livro sagrado. A fé, sobretudo a fé cega, não justifica crimes.
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