O relâmpago, o trovão,
a água tocando o rosto,
a corretnteza arratando a multidão,
a sarjeta, o lixo,
o bueiro, o desespero,
a casa e o cidadão.
A morte, a doença,
o desprezo,
o descaso,
o esgoto,
a tristeza,
o dinheiro público,
o desperdício.
A chuva, os gritos,
a enchente vindo
cobrar do cidadão
sua TV como preço
do papel jogado ao chão.
E do povo, o lamento:
-A culpa é do governo.
E o governo,
diretamente de Sevilha,
manda anunciar
que a carne subirá o preço.
Textos, contos, poemas e reflexões de uma mente em movimento...
As diferenças nos tornam iguais...
terça-feira, 5 de julho de 2011
Noite morta
A noite deixou de existir
porque a Lua parou de brilhar.
Mas, por quê, então,
o Sol insistia em iluminar?
Para que seus raios
queimassem a verde grama
e secassem Terra,
pois assim, ninguém
seria testemunha
de sua solidão?
E, com seu brilho eterno,
condenado a clarear
uma existência vazia,
queima a si próprio
e consome-se na imensidão vazia,
condenado a estar
sempre sozinho?
Dessperado e louco,
o Astro-rei, tirano
governante,
condena com seu calor
a vida insuportável,
sem a Lua
para lhe rouba seu brilho.
E não mais
se punha o Sol,
nem mesmo para
uma noite sem brilho,
pois a Noite
deixou de existir,
quando a Lua,
fria, insensível,
parou de brilhar.
porque a Lua parou de brilhar.
Mas, por quê, então,
o Sol insistia em iluminar?
Para que seus raios
queimassem a verde grama
e secassem Terra,
pois assim, ninguém
seria testemunha
de sua solidão?
E, com seu brilho eterno,
condenado a clarear
uma existência vazia,
queima a si próprio
e consome-se na imensidão vazia,
condenado a estar
sempre sozinho?
Dessperado e louco,
o Astro-rei, tirano
governante,
condena com seu calor
a vida insuportável,
sem a Lua
para lhe rouba seu brilho.
E não mais
se punha o Sol,
nem mesmo para
uma noite sem brilho,
pois a Noite
deixou de existir,
quando a Lua,
fria, insensível,
parou de brilhar.
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